Brasil A tua cara é mascarada Sua história deturpada Bem diferente do que aconteceu Nas plácidas margens o grito nasceu Mulheres guerreiras lutaram por nós Brasões e coroas tentaram calar nossa voz Mais amor a quem te exige paz Brava gente dona desse chão A muitos só resta pedir um pedaço de pão Na guerra a arte e o livro é libertação A mão que segrega, conduta imoral Da voz do meu povo se faz carnaval Marginalizado, nunca deixei de lutar Óh igualdade, onde estará? Gigante pela própria natureza Nua e crua essa certeza Hoje eu vim quebrar grilhões Nunca mais a intolerância regerá nossas ações Meu samba, sempre foi remédio para curar tanta ferida A mátria que nunca lhe deixou a deriva Refém do mal feitor Quem sou eu? Brado nilopolitano Retumbante é o meu tambor Cabocla êê caboclo O brasileiro Sol raiou de novo Hoje é dia de independência Com liberdade, voa beija flor Dos excluídos, novo canto ecoou Eu sou areia na farofa do opressor