O vento mudou, estou à deriva. Um mar de incerteza a me cercar. Já não suporto mais o peso do meu corpo. A incapacidade de agir. Enfim, o vento mudou. Sinto a brisa me entrelaçar. O vendaval a me virar. Mais uma noite e a insegurança nessas ondas A me testar. Eu quero as vibrações, o movimento. O verde a me acalmar. Vejo as aves e me aproximo lento. As altas montanhas a me questionar. Não há cidade vazia, são só os ventos. E a firmeza de que não irei mais afundar. Nas ilusões e nos redemoinhos das dúvidas A me atormentar. Mas à estibordo de nossos corações, Declaramos: terra a vista! Estou de volta, terra a vista. Uma selva de pedras a me esperar. Será que viverei? Sou só um homem do mar. Mas à estibordo de nossos corações, Declaramos: terra a vista! Terra a vista!