Sete dias de setembro dia nacional da independência Crispim não tem mais lar Vinte anos na memória lutando pela sobrevivência Sem onde morar No seu aniversário uma carta crispim recebeu Seu retrato falado nos postes onde adormeceu Num pesadelo frio fuga eterna é um desafio Uma transformação Entes queridos pais e amigos agora viraram seus inimigos Às drogas welcome Já fudido no lixo procura-se culpa pra alguém Gira e gira o ciclo mais um injustiçado também Tem que sentir na pele para entender O que um belo dia conosco pode acontecer Chega a hora esperada toda aquela gente envergonhada Com pena do irmão Enfardados na beirada do cabo de santo agostinho A morte é perdão Anjos chegam ao parque num cortejo de cores pincel Celebrando o momento de crispim ir para bem longe daqui Crispim pelo que eu sei estava no hospício Crispim pelo que eu sei estava no hospício Melhor que na prisão