Exêu epa babá Babá bate pilão Batida do coração No moto perpétuo: “ação” É chegada a hora de nascer Toca rumpilé do alabê Chama a família pra ver O mundo tem mais um bebê Na mão de xangô vai crescer Filho de nagô com malê Veio pra ensinar e aprender Criança de lua já nasce danada Caindo no chão ele andou E se levantando falou Chorava com o som do tambor Calava na frente do avô Na sombra daquele senhor Sentia temor e amor Pra sempre a cabeça ficou Com a imagem do velho babalaô Que na quinta-feira partiu Levaram pra beira do rio E nunca esqueceu do arrepio Da base da espinha pra nuca subiu E da cantoria que ouviu Do fogo que acende pavio Que o topo do céu coloriu O olho brilhando na cara do pai Boca da terra Boca da terra, ê mamãe! O que vou te passar mizifi São mistérios do céu e do mar Relampeja na terra e no ar Universo está todo aqui Meu gosto é te ver crescer Desfrutar do bem de viver A benção menino do pai Quando você entra, você sai Respeite a mãe natureza Gentileza gera gentileza Prestando atenção onde pisa No círculo o circo eterniza Segue seu caminho em paz Que oxaguiuan guiando vá Eu tô guardando pra te dar Merindilogum de orixás A vida fazendo o que faz Fez do menino um rapaz Economicamente incapaz De porta em porteira correndo atrás Vivendo no pique veloz Mais um dos que gritam sem voz Pro mundo que esqueceu de nós Só sendo sagaz nesse mundo feroz Ferido no corpo e na mente Quase inexistente e doente Foi que renasceu a semente Acordando a alma dormente Escuta uma voz trovejante Que diz meu filho levante Hora de ser confiante Só coisa boa te atrai pra cá Faz o menino acordar Herdeiro do sangue de ifá O velho mandou te chamar Teu nome tá escrito na boca da terra Volta pra casa enfim Abre seu corpo pra mim Faz do terreiro um jardim Juntos nos vamos vencer a guerra! Boca da terra Boca da terra, ê mamãe! O que vou te passar mizifi São mistérios do céu e do mar Relampeja na terra e no ar Universo está todo aqui Meu gosto é te ver crescer Desfrutar do bem de viver A benção menino do pai Quando você entra, você sai Respeite a mãe natureza Gentileza gera gentileza Prestando atenção onde pisa No círculo o circo eterniza Segue seu caminho em paz Que oxaguiuan guiando vá Eu tô guardando pra te dar Merindilogum de orixás Exêu epa babá Babá bate pilão Batida do coração No moto perpétuo: “ação”