S. Turmalina

agora ávida

S. Turmalina


Eu gosto do verde que eu trago quando o vento acusa
Tranquila a dança das folhas e o sabor de estar
Nas ondas e em sua toada, possibilidades
Não sei se as deixo escapar pelos cantos e complicações

Mas sempre em mim
A presença se faz
Agora

Entendo é atraente a presença e o contorno de um anseio
Mas quem é que alcança a si mesmo entre o eco e o apego?
Passado e futuro refletem a ilusão do tempo
E o presente é um pedaço infindável do gosto do Sol

Por vezes sem fim
A delícia é fugaz
E ávida

A vista e o toque da água superam a ilusão

E quando a terra se partir eu vou sorrir e nunca mais estremecer
Entre um vislumbre de um passado e o pensamento arrastado eu não existo
Eu vou fazer um pacto com o brilho do caos
Nós vamos ascender do mato, do som e do Sol

O desencanto dessa fragrância
Cheira o limbo das coisas abandonadas
O anti-gosto de um fruto maduro