(1976) Salve a colorida raça nascente em noite De lua cheia e batucada Sem o orgulho de ser branco nesta terra morena e conquistada Que é o canto do povo brasileiro, neto de Pindorama E do Quilombo dos Palmares Sem norte e sul, sem ouro e prata Encruzilhada do ocidente e oriente Brilho e cor de esmeralda Do canto gregoriano ao batuque das matas, Dos Andes, do litoral Anjos e demônios, loucos e meninos, Esta raça com raça amanhece Durante o ano inteiro de Carnaval O negro com seu sangue de banzeiro, O índio e seu poder de feiticeiro A lua de zinco assistindo mais um malandro Que samba de sobra no terreiro. (Repete II)