(1977) Pai João na capoeira entoava cantos dos tempos de Zambi Foi escravo na fazenda, mão e pé dos senhores da Casa Grande Nêga, bicho não é homem, quando o couro come, fica sossegado Lua cheia, noite clara, nego na senzala vira cão danado Pai João sentado em toco, cachimbo, marafo, velho curandeiro Pros soldados nos terreiros conheceu o mais cruel dos cativeiros Conta do amor de Catarina pelo valente negro Mateus Sabe quanto a dor magoa, mesmo assim perdoa todos filhos seus Pai João então se cala, limpa uma lágrima, estende a mão Bate asas como um pássaro, desaparece na escuridão. Pai João então se cala, limpa uma lágrima, estende a mão Bate asas como um pássaro, desaparece na escuridão.