(1980) Noite, silêncio, vou sair pois o meu amor mora longe. Magra, novenas no olhar, Deus em cravo e cruz dorme junto Cheiro de jardim, flores pálidas, velho lampião diz amém Ela mora ali, ninguém mora mais, ninguém... Vêm de lá os domingos azuis, domingueira Vêm de lá os desejos de moça solteira Vêm de lá os pecados e as confissões Vêm de lá as quermesses e luas felizes Vêm de lá os rapazes e as meretrizes Vêm de lá os amores noturnos, paixões Vêm de lá os beatos traçando destinos Vêm de lá as cirandas, as preces, os hinos Vêm de lá as promessas de paz, procissões.