Quando recosto a cambona Junto a cinza do braseiro Viro o mate faço um palheiro Calmo escramuço o pensamento E escuto o próprio lamento Do meu viver galponeiro Guri, voltei aos cavalos Já tô de erva lavada Pois se pealou a madrugada Bombeia lá pro horizonte O Sol traz um ida em reponte Pra recorrer a invernada Quando formar a cavalhada Me aparto redomono oveiro Pois dizem que é caborteiro E hoje ele volta domado Pois tem lida no banhado E umas curas de terneiro Gaudêncio e Nicolau, chega de fazer cera! Me termina essas porteiras, pois tem aí o que precisam E vão reformar a divisa do posto dos touros com as pitangueiras Aparta das vacas mansas A terneira brasina Vá direito à cantina Vê o que falta de munício Não esquece dos vícios E um presente pra China São ordens de capataz No romper da madrugada Que esparrama a peonada Aqui da volta do fogo É quem dá as cartas do jogo Faça Sol ou caia geada