Dez dias ponteando a tropa E o meu baio não se entrega Pois honra a marca de fisga]Que um cinco-salsos carrega Tranqueia, pedindo boca Se torce e atira o freio É um monumento da raça Debaixo dos meus arreios Chamo atenção no caminho Pingaço de cacho atado Espora grande alumiando Um sombrerão bem tapeado Cruzo, causando alvoroço Nos ranchos do vilarejo Fazendo suspirar as lindas Que guardam sonhos andejos Boiada gorda e parelha Seguindo no meu compasso Já vem na cola do pingo Cheirando as voltas do laço Tanto faz, chuva ou mormaço Por mim, que venha o que vier As águas param no poncho E os touros, onde eu quiser Quem sabe andar a cavalo Gasta o estrivo e não nota E deixa, por testemunha O suor que não sai da bota Por isso, me agrada a sina De ser ponteiro de tropa Pra quem entende da lida É que o ofício se topa Boiada gorda e parelha...