Eis a era da informação Onde pouco são bem formados Onde o mal tira vidas inocentes A val do Estado É o cidadão trabalhador Todo dia sendo roubado Ou no assalto a mão armada Ou pelos porco engravatado Mendigos nas capitais Prefeito fingindo ajudá-los Jogando água gelada Nos mano na rua Que quase morre congelado É o playboyzinho com droga e arma E é filho de rico já ta liberado Enquanto o mano que é preto e pobre Porta pinho sol no enquadro é forjado Mundão tá moiado Pra uns ter soberania O homem criou o estado Legitima a violência E com ela eles faz estrago Governa a população Como um trem-bala desgovernado Quem nos controlar Mas são todos descontrolados Resistência de fato Rap no ato Fala a verdade virou desacato Só que o papo é reto Esse é o dialeto Nós pega no mic Pra tomar de assalto Vejo muita coisa errada Pelas ruas por onde passo Vejo mendigos na rua no frio E negros sendo forjados É a capitania hereditária E o estado que se diz laico É a policia que diz proteger E assim vão afundando seu barco É a barca dos zoião Cada vez na sua cola Dizem ter democracia Mas pra pobre isso não rola Dão a facada na sua cara E dizem melhorar a condição Dão um barraco para alguns E dizem ser superação Trabalho assalariado Passada de pano pra escravização Tem que ter gente dormindo na rua Pra uns poder dormir na mansão Industria e comércio Pique chicotada no proletário É a justiça que é injusta As mãos do patriarcado Falso direito do trabalhador As veis não tem nem um pão com ovo Tem que tomar é de assalto E dar o poder mesmo ao povo Queima de estoque E a super produção Vários passando fome E a comida vai pro lixão Cuidado com os bota preta Se não eles te apaga Enquanto tiver vivo Não terei minha voz calada É o sistema que cria suas guerras Pra ele mesmo vir lucra com ela Segregação dividindo etnias O centro é pra rico E pá pobre é favela Vidas em jogo vivendo a miséria Periferia e suas mazelas A parada é séria É séria, é séria Brasil colônia Maior vergonha Dizer que essa merda acabou Ainda vemos o mesmo problema A única diferença É que modernizou Me diz quem reparou Em quantos pretos e pretas matou Nas tribos indígenas que dizimou E os mesmo cuzão que era senhor de engenho Agora é patrão ou empresário Chicote estralou Nós se revoltou Se politizou No rap expressou Agora aguenta a revolta nas track Na linha do Trap o RuEssência chegou Parapá pá pow plow Resistência de fato Rap no ato Fala a verdade virou desacato Só que o papo é reto Esse é o dialeto Nóis pega no mic Pra tomar de assalto!