Ausência de condição, o respeito que não vemos Em meio a escuridão, a escolha que não temos Entre o modo de pensar, modo de raciocinar O sistema limitando até o direito de sonhar Nessa sociedade fria, podre e imperialista Onde vale o dinheiro, a ganância consumista De playboy filha da puta, sem limites, arrogante Cabeça sem conteúdo, vários livros na instante Servindo só de enfeite pra sua sala luxuosa O qg da fantasia de sua vida cor-de-rosa Maldito engravatado, com status de herói Diz que luta pelo povo, mas de fato só destrói Dia-a-dia a esperança de nossa gente sofrida Alienada e adestrada a não ligar para política Um processo iniciado a pouco mais de meio século E fadado a prosseguir nesse vicioso círculo Mas a nossa reação tem de vir como avalanche É chegada a nossa hora, o momento da revanche (refrão) Chegou o contra-ataque, a revolta em ação, É o movimento rap pregando a revolução, É a hora de abrir nossa mente para o novo, E lutar pela favela, gladiar por nosso povo Correntes nunca mais, se liberte do sistema Pensando por si próprio para eles é problema Cortex trabalhando, se liberte da tv A mídia em geral só quer aprisionar você Querem te sufocar, abater sua ideologia Programas enlatados que se focam em vadias, Teu corpo em liberdade, pensamento encarcerado Refem alienado pelos verme esculachado Corpos de sofredores jogados na calçada Sangue do nosso sangue escorre e avermelha a vala No rosto do policia sorriso de maldade Soldado do governo que age com crueldade Verme acima da lei, pra tu não pega nada Licensa pra matar é o quepe e a imunda farda Dispenso fazer parte, da sua máfia suja Caráter não se compra, valores não se mudam Observo o império corrompido desabar, Na letra desse rap um sofredor vai se expressar Chegou o contra-ataque, a revolta em ação, É o movimento rap pregando a revolução, É a hora de abrir nossa mente para o novo, E lutar pela favela, gladiar por nosso povo O céu veste seu luto na metrópole sombria, Cidade iluminada, escuridão, periferia Becos e vielas, labirinto arrasador, Nas ruas de terra o breu é devastador A mística da noite você sabe qual que é, Favelado é alvo fácil, na mira dos gambé Esse mundo é um inferno e eu sou gladiador, Troco tiro com diabo, se preciso for Pra você não interessa meu povo com consciência, Minha arma é o hip hop, rajada de inteligência A besta veste terno, por dinheiro ele é cego, Sofrimento da favela massageia o seu ego Discrimina o rap, me julga marginal Desconhece a cultura que retrata a real Mas isso um dia muda, eu tenho confiança, Nas adversidades acredito na mudança Quando a voz do gueto, formar uma aliança Tão pura e espontânea igual sorriso de criança.