Rubinho do Vale

Ladainha

Rubinho do Vale


Água nascente de um rio que rola
No peito da gente nos leva e consola
Da sede medonha que nos apavora
Jequitinhonha não pode ir embora

Estanca meu pranto que eu canto agora
Seu leito de encanto é uma pedra que aflora
E dentro do dia o rio anuncia 
Aqui principia o a bravura do mar

Água corrente de um rio que sonha
É mágoa da gente, é soluço na fronha
Na terra medonha coragem é penar 
Jequitinhonha não pode esperar

O povo implora pra virgem Maria 
Mandar uma melhora da noite pra o dia
Quem vive a esperar sem uma garantia 
Vai se levantar numa só cantoria

Qual é a promessa que faz a semente 
Brotar lá de dentro da alma da gente
Somente a enchente nos pode levar 
Pra ver a semente urgente é lutar