Tempestade de fogo, avalanche de cimento O descaso do mini pub, que nos chama violento E esse sentimento o pobre leva no ombro O direito de morada tem resposta com o escombro Chove dor no surto, céu O lar era Caim, do pó viramos Abel Denúncia arquivada, nos pagam com o ócio Morro por amor e mato pelo ódio Às 2:50, sem pernas, só pressa, sem andar Deixei a janela aberta pra Deus me ouvir gritar Chove dor e pinga em mim Gritava: Por favor, me tira daqui Gritava: Por favor, me tira daqui Por favor, me tira daqui Por favor, me tira daqui E as marcas ficaram gravadas em quem sentiu na pele a mesma dor E ele que já estava salvo, são e salvo, voltou Por elas, pelos pequenos Quem voltaria? Você?