Arrastei o sangue à areia como um dialeto Sempre andei errado no caminho certo, Lili Numa projeção, o feixe refletia Tudo o que eu não queria, e até mais Lili correndo, gargalhando Esperando o tempo cantar Num tropeço desleixado do topo Ao topo se afogar Não é chamar atenção É medo de ficar sozinho Nessa linha constante Eu sempre acabo sumindo Ela já sabia que não tinha volta Nenhum salva-vidas salva uma alma morta E eu parado, relutante, o óbito à míngua O coração gelado saudando a tua língua A voz de Lili me torturava em eco Eu quero saber quem tu és sem alguém por perto Não é chamar atenção É medo de ficar sozinho Nessa linha constante Eu sempre acabo sumindo Pois não é que assisto à rosa mais vermelha sucumbir sem qualquer naturalidade? Natural, eu lhes digo, é que uma vez sucumbida, não voltará E eu seguirei sem cores e sem lágrimas Somente o veneno Portanto Uma vez morta Enterre-me ao lado da rosa Não é chamar atenção É medo de ficar sozinho Nessa linha constante Eu sempre acabo sumindo