Sinto o vento do Sul Em uma colisão fatal Sinto meus pés tocarem o chão molhado A percepção fria de que o tempo acabou Sinto a indiferença gelada dos dias sem cores Parece que o gigante se ajoelhou Parece que a espada não corta mais Sinto o vento do sul numa colisão fatal Sinto o suor escorrer como lágrimas É o picadeiro sem luzes, uma viagem sem música Uma chuva que não chega à terra Porque o pulso insiste em pulsar Porque os ponteiros ainda se mexem Porque o cristal ainda brilha Se o tempo já parou se a vida já passou