Sou mais um poeta sem direção Vagando sozinho na escuridão Seguindo apenas minha intuição Chapado com a própria desilução Embriagado, com a minha própria mente to dopado Sentado, escrevendo outro som bolado Entediado, dormi a tarde inteira e tô cansado E se ela voltar? Eu corro pro outro lado As vozes da tv a noite fazem companhia Desligo a tv e ainda tenho companhia Pensei que era a tv mas não, era a esquisofrênia Entrando na deepweb pelo ônion Fritando o que ainda resta de neurônio Pensando nos assuntos mais bizarros Será que o homem veio mesmo do barro? Só falo verdade, não minto Por isso te mando pro quinto Escrevo, absorvo e sinto Dou um corte no absinto A poesia subiu pelos meus braços Como uma raíz, em mim ela fez laços De vez enquando na madruga, ela eu abraço Criaram-se raízes no meu peito de aço Tão esquisito quanto física quântica Com a rima frenética para criticar Apontar os erros para concertar Mas como toda ação causa uma reação Haja com cautela, não machuque o coração Indecisão, contradição, essas coisas vem e vão Tudo isso vem em vão Segura a minha mão E eu te tiro do chão É que escrevi no passado várias fita do meu futuro E tudo que tenho passado me lembrarei no futuro Não é um furo de reportagem Bem vindo a minha mente, bagunçada, diga-se de passagem!