Com pique de cancioneiro Eu derrubei o pinheiro Do pinho fiz a viola Com a cara e a coragem Botei canções na bagagem E saí estrada afora Trouxe no peito a vontade De invadir a cidade Pra divulgar meu sertão Falo dos campos e serras Igual canário da terra Canto na televisão Com a viola no peito Interpreto do meu jeito O rio e a cachoeira Nos versos que eu escrevi Eu falo do bem-te-vi Lá no tronco da paineira Falo do povo da roça Fogão de lenha e palhoça Digo pra grande cidade Quando falo no amor Que deixei no interior Até choro de saudade Falo do tempo que foi Do velho carro de boi Do peão e do tropeiro Lembro o estradão distante Do repique de um berrante Do grito de um boiadeiro Com muito brilho nos olhos Falo também do monjolo Da moenda e do pilão Qual o maestro sabiá Canto pra todos mostrá Como é lindo o meu sertão Com a viola no peito Interpreto do meu jeito O rio e a cachoeira Nos versos que eu escrevi Eu falo do bem-te-vi Lá no tronco da paineira Falo do povo da roça Fogão de lenha e palhoça Digo pra grande cida De Quando falo no amor Que deixei no interior Até choro de saudade Com a viola no peito Interpreto do meu jeito O rio e a cachoeira Nos versos que eu escrevi Eu falo do bem-te-vi Lá no tronco da paineira Falo do povo da roça Fogão de lenha e palhoça Digo pra grande cidade Quando falo no amor Que deixei no interior Até choro de saudade