Entre tempos do destino A história por fim se deu No amor de um povo antigo Que meus olhos não esqueceu Como simples viajantes Das memórias guardadas que entre nós ficou No calor de uma fogueira Segredos posso contar Contos de uma vida inteira Que me ensinou a lutar Entre amarelas e rubras rosas Aprendendo que com alegria devemos viver A sorte não é nada Quando se alimenta o medo Nas ruas ou nas casas As tendas são os becos que se viveu Debaixo das terras A verdade faz morada A sorte que não era nada Decifra os passos de quem nunca se perdeu Na estrada Onde tudo o vento leva Entre ruas e vales Leio a sorte até o amanhecer Porque sou uma cigana Sempre tenho aonde ir A Lua me protege desde o dia em que eu nasci Porque sou uma cigana Sempre tenho aonde ir A Lua me protege desde o dia em que eu nasci Ah, la-ah, lo-lê, oh Ah, la-ah, lo-lê, oh Ah, la-ah, lo-lê, oh Desde que eu nasci Que é o que eu sempre fui Sou cigana da estrada Ah, la-ah, lo-lê, oh Ah, la-ah, lo-lê, oh Ah, la-ah, lo-lê, oh Desde que eu nasci Que é o que eu sempre fui Sou cigana da estrada Santa Sara, abençoe os meus pés Maria fortaleça minha fé Quando o Sol se levantar Com o meu povo estarei Cantando a sorte E aprendendo a amar Santa Sara, abençoe os meus pés Maria fortaleça minha fé Quando o Sol se levantar Com o meu povo estarei De norte a sul Onde a alma me levar Na estrada Onde tudo o vento leva Entre ruas e vales Leio a sorte até o amanhecer Porque sou uma cigana Sempre tenho aonde ir A Lua me protege desde o dia em que eu nasci Porque sou uma cigana Sempre tenho aonde ir A Lua me protege desde o dia em que eu nasci Ah, la-ah, lo-lê, oh Ah, la-ah, lo-lê, oh Ah, la-ah, lo-lê, oh Desde que eu nasci Que é o que eu sempre fui Sou cigana da estrada (optchá) Ah, la-ah, lo-lê, oh (arriba) Ah, la-ah, lo-lê, oh (adelante, pueblo gitano) Ah, la-ah, lo-lê, oh Desde que naci Yo siempre me fui Gitana de la estrada