Já se encontrou só em pleno dia em meio a multidão Já sentiu dó do engravatado de olhar vazio Já descansou na sombra morna de um edifício Já se deitou na rede de computadores se isso for possível Se for possível, tingir o céu de azul pra sufocar o cinza As flores no lugar da morte nas esquinas Meu deus quanta saudade lá do meu sertão Coração de concreto, tudo é abstrato, cidade grande O macro e o micro por aqui se expandem Deixando as pessoas cada vez mais sós Se for possível, beber da fonte viva, água cristalina Sem ar condicionado pra encurtar a vida O brilho do luar ao lume do neon... O brilho do luar ao lume do neon... O brilho do luar ao lume do neon...