Meu carro não canta mais, ai... Meu carro emudeceu A boiada companheira, ai... Toda meu patrão vendeu Num posso mais carrear, pro morde dos caminhão Saudade daquele tempo, das estrada do sertão Me lembro da sua cantiga, no morro mais perigoso Chuchando meus boi valente, pintado, rosio, barroso O seu canto tão sereno, se tinha sol ou chovia Saudade companheira, das tristeza e da alegria O progresso me arruinou, ai... Minha vida de carreiro Meu carro ta se estragando, ai... Sem abrigo no terreiro O que mais meu coração padece, no romper da madrugada Me alembro dos campo amigo, do estradão e da boiada Me alembro da sua cantiga, no morro mais perigoso Chuchando meus boi valente, pintado, rosio, barroso O seu canto tão sereno, se tinha sol ou chovia Saudade companheira, das tristeza e da alegria