Cruzou um peão de campo na frente das casas Pingando as águas do velho chapéu Poncho que ainda abriga seu rancho Campeiro e arreios das manhãs do céu Não se livra a encilha por mais tempos feio Daqueles potreiros que tem parição Se achegam o setembro tem pasto e terneiros Pra o ano inteiro crescer produção E hoje as estâncias precisam em seus campos Rodeios de cria com mossa na cola Já inseminados gerando terneiros E desmamando outro pra não ser esmola Quem vive no campo e conhece o serviço Tem por compromisso a lida que encerra Pois campos povoados cumprindo sua sina Garantem sustento e a posse da terra Se os campos gaúchos, campanha e fronteira Tomassem a dianteira com a sua produção Serão mais tranquilos os finais de tarde Pra um mate dos buenos junto do galpão Então nas estâncias os homens da encilha Irão pra coxilha pararem rodeio Mas de um gado bueno que ao longo do tempo Garantem o sustento da paz como esteio