O Cais do Sodré não é! Só bares de prostitutas Também é gente a alombar Caixas de peixe e de frutas Não é só a mão que passa na Candonga do Japão Também é cais onde embarca Quem busca no mar o pão Ai, Cais do Sodré Ai, Cais do Sodré Mais vale parecer Que ser o que é Ai Cais do Sodré Ai Cais do Sodré Nem todo o sapato Te serve no pé O Cais do Sodré não é! Só rusga que vai e vem Também é gente que mora Num lar que há muito ali tem Gente com filhos, mulher e a Renda da casa em dia Gente que apenas trabalha e No trabalho confia O Cais do Sodré, não é! Só refúgio de falsários Também são altos guindastes Movidos pelos operários Não é só a mão que passa na Candonga do Japão Também é cais onde embarca Quem busca no mar, o pão O Cais do Sodré não é!