Já está guacha a primavera Do setembro que lhe trouxe Com um arvoredo a um céu copado Crivado de Lua doce Donde andará pica flores Pairando num galanteio Deixando o pólen em rumores E os beijos num gambeteio Se a soma agora um pulpero Pra colher com ás na mão E demonstrar que é possível Tocar no céu desde chão Juntando assim pro balcão Senhoras de pura essência Que farão a canha crua Dar adeus a transparência Lunitas, claras, coloradas Amarijitas, morenas Que as vezes afrouxam juras Pensadas de almas serena Tenho então no bolicheiro Bem mais que um despachador Pelo fato é um milagreiro É confidente golpeador Arrancou do céu copado E separou por garrafão As quatro luas do pago Que trago a trago se irão São butiás mais guabijus E araça a de duas cores Mas eu golpeio com baio Pra não lagrimiar amores