Foi bem depois de um pealo Num tiro de toda trança Onde se prende as confiança Na força dos quatro tentos E compreender o intento E os mandos da mão campeira De ser armada certeira Sobre o olhar do campo vasto Pra a pampa beijar o pasto Ao despontar da porteira Foi bem depois de um pealo Voltando a paz do rodeio E o pampa soube a que veio Ganhar bem mais que o tombo Encontro de terra e lombo Mesclado ao rumo rolo Sentindo mais que o estouro Quando viu cimbrar o laço Pra faca gana no aço Roubar-lhe as razões de touro Foi bem depois do pealo Que estendeu patas ao léu Um touro que olhou pro céu Confirma o rumo traçado O homem traz seu mandato Frente ao destino que for O campo conhece a dor E sabe das precisão E o touro resava o chão No altar de algum pealador Foi bem depois do pealo Quando a argola silenciou E as mãos do pampa juntou Na trilogia firmada De terra, golpe e armada Num verso de redondilha É tombo sobre a flechilha É ilhapa, força no braço Depois do tiro do laço Vir repousar em rodilha Foi bem depois do pealo Que um braço volta sem laço Que a armada desfaz o abraço E a teara esquece o tombo A poeira desce do lombo E aos olhos do pealador Que viu o sangue da cor O laço batisma o couro E o campo renasce em couro Nas marcas de algum tirador Foi bem depois do pealo Que estendeu patas ao léu Um touro que olhou pro céu Confirma o rumo traçado O homem traz seu mandato Frente ao destino que for O campo conhece a dor E sabe das precisão E o touro resarna o chão No altar de algum pealador