Eu trago a mesma figura, dos retratos dos antigos Lembrança de tempos idos dos meus jamais ancestrais Os que deixaram sinais de lavra demarcatória Demonstrando a trajetória a seguirem os demais Eu trago a cara tostada, dos ventos e soalheiras Terra de arado e mangueira na Lua nova das unhas São timbres da mesma alcunha da dura escrita da lida Bruta herança adquirida da minha estirpe terrunha Eu trago o gosto andarilho, trazido dos meus passados Dos que andaram, desterrados, vagando sem luz mentino Tentando encontrar sentido, nas lonjuras teatinas Em cimesmando mando uma sina, de andar buscando um destino Eu trago a mais dura prova, dos quais descendo e sucedo Passar a diante os segredo de ser o que sou e sei Deixar gravado o que herdei de mim hão de vir Na certeza do sentir, de que nunca morrerei