A vida de um vaqueiro É um eterno desafio Montado em seu cavalo Prá mostrar todo o seu brio É de noite e de dia Faça sol ou faça frio, rê O gibão que ele usa É de couro de boi brabo Que um dia o vaqueiro Correu atrás um bocado Derrubando o barbatão Agarrado pelo rabo, êerêi A perneira é que protege, O nosso herói, dos espinheiros O chapéu, livra a cabeça Dos galhos de marmeleiro E o seu nariz fareja O boi brabo, pelo cheiro, êeii Sua botina de couro Nos estribos colocadas Se o cavalo, acende as ventas Feito uma égua cismada Quando o vaqueiro esporeia Ele enfrenta a empreitada, rêei Em noites enluaradas Ele morre de saudade Na falta da sua amada A tristeza lhe invade No coração do vaqueiro Não existe a maldade, êei A vida de um vaqueiro É montado em uma cela O cavalo é seu amigo Com quem ele tagarela Mas, tem sempre a sua amada E ele gosta muito dela, êee O vaqueiro é consagrado Lá na missa do vaqueiro E na festa de Sant’Ana Ele reina o dia inteiro Tratado como herói desse sertão brasileiro, êeei