Sou filho da roça não sou da cidade Cultivo a verdade e amo a pureza Nasci lá no mato no berço da relva No ventre da selva da mãe natureza Meu rico cenário não foi esquecido O ipê florido e a linda paineira A lua clareando o velho murmúrio E o doce murmúrio da bela cachoeira Meu ser tão querido que deixei um dia A paz e a poesia são filhas de lá Quisera voltar a infância vistosa Sonhar novamente com a vida enganosa Na sombra frondosa do jequitibá O tapete verde na cerca dos montes Transforma o horizonte num grande varal A brisa bailando com os pirilampos Na sala dos campos em frente ao curral O manso riacho abrindo seu peito Estende em seu leito a concha prateada São meigas lembranças na tela da mente Cobrindo presente com cenas passadas