Rionegro e Solimões

Sentado À Beira do Caminho

Rionegro e Solimões


Eu não posso mais ficar aqui
À esperar
Que um dia de repente
Você volte para mim

Vejo caminhões
E carros apressados
A passar por mim

Estou sentado à beira
De um caminho
Que não tem mais fim

Meu olhar se perde na poeira
Dessa estrada triste
Onde a tristeza
E a saudade de você
Ainda existe

Esse Sol que queima
No meu rosto
Um resto de esperança
De ao menos ver de perto
O seu olhar
Que eu trago na lembrança

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo

Vem a chuva e molha o meu rosto
E então eu choro tanto
Minhas lágrimas
E os pingos dessa chuva
Se confundem com o meu pranto

Olho pra mim mesmo, me procuro
E não encontro nada
Sou um pobre resto de esperança
À beira de uma estrada

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo!

Carros, caminhões, poeira
Estrada, tudo, tudo
Se confunde em minha mente
Minha sombra me acompanha
E vê que eu estou morrendo lentamente

Só você não vê que eu
Não posso mais
Ficar aqui sozinho
Esperando a vida inteira
Por você
Sentado à beira do caminho

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo!

Larará Larará Lararara
Larará Larará Lararara
Larará Larará Lararará
Larará Larará Lararará
Larará Larará Lararará