Para roubar teu amor comecei pelo fim Das histórias banais esquecidas Para provar o teu sexo, um poeta ousado Delirante em palavras perdidas Fui colibri, o ator do jardim encantado Teu afã de desejo escondido e tão raro Um viajante do tempo, o cigano afobado A caverna obscura, rei ou mestre dos magos Sim, ai, eu sou Vou matar meu amor em qualquer botequim E escrever uma canção suicida Vou levar do teu sexo o sabor do pecado E sumir como uma bala perdida Do colibri sabe a flor um segredo de estado Mesmo sem ser caçador ele dorme acordado Como se fosse um ator ele finge que é fraco E sempre ante o horror, beija-flor sossegado Sim, ai, eu sou