Riccelly Guimarães

Samboscando

Riccelly Guimarães


Bela como um postal de barbarella
Num samboscal de cantadela
Que nem jandira na janela

Bala de mira em cal, seringadela
No carnaval me vingo dela
Preta-porter de parentela

Fela feito animal que perde a fala
Tiro frontal, bala com bala
Segura o pau, fecha a tramela

Bela como um postal de barbarella
Num samboscal de cantadela
Que nem jandira na janela

Bala de mira em cal, seringadela
No carnaval me vingo dela
Preta-porter de parentela

Marco a ferro e fogo, afago e força
Mas não calo
Que esse samba é bosco
É feito colcha de retalhos

Fela feito animal que perde a fala
Tiro frontal, bala com bala
Segura o pau, fecha a tramela

Fera do meu final-telenovela
Com bacanal de quebradela
Mané, boçal de cidadela

Marco a ferro e fogo, afago e força
Mas não calo
Que esse samba é bosco
É feito colcha de retalhos

Tela do meu vitral negro-benguela
Que enfeita a fronte da capela
Meu castiçal pra luz da vela

Fala que samboscar virou balela
Desculpa a dar pra tal donzela
Que sabe amar, mas não revela

Marco a ferro e fogo, afago e força
Mas não calo
Que esse samba é bosco
É feito colcha de retalhos

Marco a ferro e fogo, afago e força
Mas não calo
Que esse samba é bosco
É feito colcha de retalhos

Marco a ferro e fogo, afago e força
Mas não calo
Que esse samba é bosco
É feito colcha de retalhos