Não tenham medo da fama De Alfama mal afamada A fama ás vezes difama Gente boa, gente honrada Fadistas venham comigo Ouvir o fado vadio E cantar ao desafio Num castiço bairro antigo Vamos lá, como eu lhes digo E hão-de ver de madrugada Como foi boa a noitada No velho bairro de Alfama Não tenham medo da fama De Alfama mal afamada Eu sei que o mundo falava Mas por certo, com maldade Pois nem sempre era verdade Aquilo que se contava Muita gente ali, levava Vida sã e sossegada Sob uma fama malvada Que a salpicara de lama A fama ás vezes difama Gente boa, gente honrada