Que sirvam de agasalho As palavas que eu te canto As noites andam frias É tempo de alergias Das quais padeces tanto Junta um derradeiro beijo Ao teu boletim de vacinas Quem venha que não esqueça Prás tuas dores de cabeça Ter na mala aspirinas Nesta enfermaria Não te faltaria Recobro ou atenção Só não imaginava Enquanto de ti cuidava Te infectava outra paixão Adeus, vai com cuidado Atento ao caminho Entre curvas, cruzamentos Sinais e contratempos Ainda ficas sozinho Enfim, já te dei alta Vai lá à tua vida Corre um pouco e não fumes Come fruta e legumes Não abuses da bebida Fico bem assim Sei tratar de mim E deste meu coração Para ti, confio Que há gente com brio E a mesma dedicação Não estranhes se um dia Nesta enfermaria Outro ocupe o teu lugar É só em virtude Do sistema de saúde Nunca funcionar