Sobe a torre de concreto, sobe Sobe o abismo entre a rua e o teto, pode Convocar os bons e velhos arquitetos fode A cultura da escola é da morte Doutrinar ou perseguir Apagar ou resistir Resistência agora é alvo de zombaria Pra quem pensa que é mérito comer todo dia Não consigo ver o tempo passar A vida é dura e eu preciso respirar Entre os dedos vendo tudo desandar Dia a dia pedindo licença pra me expressar Avança que pra nós não tem cabresto Soberano formigueiro já entendeu o contexto Devagar as nossas forças vão voltar A corrente vai fechar Ninguém vai soltar E há quem acha que vamos nos calar Em frente enquanto pudermos andar Segue, estufa o peito Aguenta de qualquer jeito O ar sempre foi rarefeito E o pulmão já encontrou um jeito Sempre mantemos respeito Aí vemos quem é de verdade Tanta hipocrisia Tá manchando a nossa sociedade Respiramos com dificuldade Sobrevivendo à poluição Tão sujando o nosso passado Não entendem a nossa missão Atacaram a trans inocente Acusaram o negro de ladrão Somos todos a minoria E o dinheiro não é solução E agora, qual é a saída? Atadura não estanca ferida Pra quem vive a vida sofrida Missão dada é a missão cumprida Avança que pra nós não tem cabresto Soberano formigueiro já entendeu o contexto Devagar as nossas forças vão voltar A corrente vai fechar Ninguém vai soltar E há quem acha que vamos nos calar Em frente enquanto pudermos andar