Reynaldo Bessa

Esfinge

Reynaldo Bessa


Minha esfinge 
Minha finca, fica, vem, vem me vigiar 
Me sinto tão sozinho 
Muito mais sozinho 
Que o velho Santiago 
Minha rima 
Minha rua reta, vem, vem me iluminar 
Me sinto tão perdido 
Muito mais perdido 
Que o cego de Saramago 
Quantas algemas mais eu abro 
Quantas cartas mais eu rasgo 
Mais me prendo a você, 
Quantas vezes, mais lhe nego, 
Quantas pragas, mais lhe rogo, 
Mais eu quero lhe ter