Se eu parar pra me importar com a sua opinião Eu vou morrer aqui chorando E você me pisando desse jeito Faz doer aqui dentro do meu peito Deixe-me em paz Acho que já está demais E esta dor de cabeça Que me faz ficar irritado com tudo E este carinha que fica me perturbando E esta coisa ruim Que me corrói por dentro Me faz tão mal Não dá pra respirar Não sei o que pensar Fazer algo para mudar Tudo isso, bem mais que mais Posso fazer tantas coisas Posso desistir agora Mais sei que não depende só de mim Voltei porque tinha que voltar Estou bem agora, Mas é insuficiente, Pra me manter tranqüilo Paz de espírito é indiferente Por que a paz não existe E meu espírito voa por aí E este meu corpo burro e pobre Não sabe o que faz Não sabe o que diz E nem o que pensa, mais. Eu me perdi Fiz o que não devia Todos me querem bem longe Eu sou, eu sou, eu sou A ovelha negra da família Sou horrível, sou mau, sou ruim, Sou o próximo a ver O que ninguém vê Mas todo mundo enxerga, Entende e não compreende Este poço não tem água Este poço não tem fim Ele só tem um começo E o começo olha pra mim Pretende não ser visto Nesta madrugada Nesta floresta escura Visitei o teu quarto Vi tua cama vazia E se era interessante, não sei. Achei que devia te ver, Te vi ali fora Deitado na lama Cuidado, cuidado, cuidado, A ferida pode se ferir Mandar até agora, está tarde. Deixe-me ir, viver a minha vida Penso no que pode acontecer E fico cada dia mais agoniado Eu vou raspar a juba do leão Mais feroz que tiver aqui.