O tão singelo degradê que todo dia me surpreende A imensidão junto as nuvens, faz com que a mágica se sustente Antes que eu volte a meu ser, ou ser apenas pensamentos Pegar carona junto ao ventos, surfar em todos pigmentos E assim se despede o astro, deixa um rastro de aquarela Deixe, espaço pra que a bela noite faça sua inteira E Deus pincela as estrelas bem diante dos meus olhos Até parece ilusório, quando a mágica se instaura de Aura e mente sã, a madruga se faz no divã Pensamentos expresso em versos que circundam todo um cosmo O universo que logo me encontro, me levam ao canto Causando espanto, de todos os prantos, e todos os males Invadindo todos os lares, a partir dessa certeza Junto com aquela que o sol renasce Aconteça oque aconteça, passe oque passe Aconteça oque aconteça, passe oque passe... Eu vejo prédio e carros, bitucas de cigarro É um lixo nesse luxo, olho em volta céu nublado Monumentos colossais, sobre o solo verde imenso Onde havia vida, reina a morte, o clima aqui tá tenso Penso, será que a humanidade não tem senso ? Licença, um gole da água benta. Pois cada copo de potável vem com a doença E não adianta ter crença, pra ver, o povo aqui morrer Se acha bom samaritano quero ver oque vai fazer sem ter Cacife pra trazer, seu Deus bom Deus ? Aê se... Acaso perguntar, diga que não vou estar mais lá, Há! Quero respirar o ar, olhar a lua à beira-mar Se pá me sinto à vontade, um pouco longe da cidade Essa paz que virou raridade, só tem vaidade, concreto e mentira Me diga a verdade, se a felicidade que há na sua alma Esse mundo inspira. O por do sol liga a via Porta de entrada e saída Chave que a vida inebria Quem busca melhores dias Recria, inspira! Antes que tu se lembre do bom dia Rasgo seco na neblina Sobre a city correria Nos fios pássaros cantam brisam Num olhar a agonia Mais um trago que ilude ameniza Vô vendo a fumaça poluindo o clima Enquanto lá fora noite vira o dia Na esperança de mais calmaria Que bom seria, Se a paz aqui reinasse E que com problemas mundanos, mano Eu não me preocupasse, um dia quem sabe Sigo a viagem antes que tudo isso acabe, O tempo passa, deixa vasta a visão E afasta o que tinha de bom Se tu esquece da percepção Esqueça do ego e use o coração Necessário pra que não se perca a razão Na ilusão da produção em massa Esqueça a carcaça, preserve o espírito, pé no chão Pra que disso tudo, tu não seja a caça. Tudo em transformação, tudo em degradação Mão de obra sobe obra muda imagem com ação Fumaça amassa o peito, paisagem em poluição Não me faltou coragem pra enxergar a imensidão Que nos cerca ao redor, mais pior que não Paisagem que via virou uma via Que liga outra via numa rodovia Que antes se via, uma "pá" de bixo Hoje nas guia, lotada de lixo Mormaço que engole eles não dão mole Queimada da cana financia os gole Mais não de água pura, aquela cura E fornece a brisa precisa que anula Tudo que acontece, o ser humano não merece essa belezura Depois "se" murmúra, que a vida ta dura Perdendo seu tempo num tempo em que tempos Se vão com os ventos a, escolha é sua Então se situa, sentido na vida é oque levo pra mim Do que vi e aprendi pra ser melhor pessoa E não foi atoa o que eu senti. Pássaros voando, pairando sobre o tempo Que passará voando isso que a natureza monta Transformo em algum verso, o sol que desponta Por ai disperso, debaixo da sombra, na água imerso Num pedaço do universo, de um planeta muita treta Nuvem preta já traz chuva, papel, caneta e letra Nessa cidade confusa, que a mente parafusa, Mas, um bom remédio uso, pra aliviar o tédio E tirar o parafuso, avenida, carro, prédio, Avião, motinho e buso e a árvore ali, que ainda não cortaram Aquele pedaço de céu que as obras não tamparam A muda que ali cresceu, os ventos semearam Tudo aqui na nossa frente, as vezes nem notamos Porque o sol nasceu no leste, e pra rotina voltamos. O mais lindo horizonte, numa praia entocada Água de coco na mão, no cinzeiro uma baga Agora para, olha onde se tá cara, prédio invadindo o lugar Não adianta jogar bomba, rezando pra não estourar Meus pés fincados no chão, no espelho o meu reflexo Correndo tá difícil, de joelho é mais complexo Esperando chegar férias, vou me desligar do caos Enfrentar o engarrafamento de cerveja no quintal E alinhar meu pensamento com a constelação de Antares Junto ao cair da noite, sumir os raios solares E o breu que agora fascina né, junto a lua que ilumina fé Olha o sol ele surgi do nada, pra me dar o levante junto com o café Sem migué mostro que esse é, o ciclo que domina a gente Enforcando o leão, esquivando do anzol Pra minha sorte e pra sua, amanhã tem pôr-do-sol!