Benção, mãe, obrigado por ter me ensinado de fato o que é viver Eu sei cheguei em uma hora conturbada Apesar de me amar, você não me esperava Sei colé que é, como a vida é dura Aos 21 mãe solteira, dois filhos loucura Mesmo assim não teve medo da situação Sempre foi determinada e de opinião Mesmo quando ele, te abandonou Eu já tinha três de idade quando ele nos deixou Sem atitude não fez papel de homem Sem carinho sem amor do que vale o sobre nome Dele não tenho raiva ou ressentimento Também não tenho afeto ou qualquer outro sentimento Não moveu um só dedo, para ajudar E você limpando o chão de playboy pra poder me criar Se desgastando em várias jornadas de trabalho Pra não deixar faltar o feijão no nosso prato Do céu, as vezes, nem chuva caí E pra mim você sempre foi mãe e pai Final dos anos 90 parte dois do dilema Eu entro na adolescência Benção, mãe, obrigado por ter me ensinado de fato o que é viver Quando criança eu promete não te fazer sofrer Mas comecei a desejar o que não podia ter De gênio forte incontrolável tá bom eu sei Que eu sempre fui o mais rebelde de nós três Mas a senhora, mãe, sabe muito bem Que eu nunca gostei de depender de ninguém Dinheiro fácil, mulher, moral e respeito A vida do crime e ilusória, nego Sempre me falando o que era certo e errado Apesar do meu descaso nunca saiu do meu lado Quando eu me perdi em meio a escuridão Você foi a única que me estendeu a mão Peço perdão! Pelos desgostos que já te fiz passar Peço perdão! Pelos lágrimas que já te fiz chorar Peço perdão! Pela falta de atenção e de juízo Que várias vezes, nos levaram ao litígio Hoje agradeço cada tapa, cada puxão de orelha Pois eles me impediram de fazer varias besteiras Obrigado pôr não desistir de mim em meio as dificuldades Dona Regina, a mulher que fez homem de verdade Benção, mãe, obrigado por ter me ensinado de fato o que é viver