Me atrevi perguntar A peonada de prosa o que faço da vida E entreguei a palavra do meu coração Ao violão que aguardava num canto do rancho A questão é saber se deixar envolver Pelo bem pelo mal, mas que tal Se o galpão pede lenha a saudade uma senha E a vida um buçal Por meu lado a tristeza Acentou no silêncio umas quantas de Lua E marcou na paleta As tropilhas que a dor lastimou no cavalo As pechadas da lida As razões que se tem me castiga o chapéu De tormenta e suor, mas o pior É cuidar da manada quando a tropa desgarra Com o focinho no sal Amada apura Me serve um mate Enquanto late a cachorrada Lambendo a baba o gado mostra Que a vida gosta um pouco mais Ademais amor Ademais amor A poesia tem planos pra nossa dor