Janaína sobe a ladeira do céu Carregando no colo o filho de alguém Ela anda como se pudesse alcançar A ponta do morro que tá muito além Chega a noite ela reza pra seu orixá Faz promessa pro santo tentar entender Mas seu santo não quer mais saber de promessa Carrega muamba pra sobreviver Os sobrados das ruas de terra São versos que contam histórias no seu olhar Nuvem alta, canção passageira Mulher preta fruto da guerra No balanço do mar Deixa esse barco navegar no dourado É o sol dançando a beira da lagoa Moça queimada guerreira, Dandara Sua lança alcança o céu enquanto voa