Remisson Aniceto

Canção do Mar

Remisson Aniceto


No mar quase tudo nada
Quase tudo nada no mar
No mar quase tudo nada
Nada na superfície
Nada em águas profundas
E o que não nada, quando não boia
Afunda

No globo quase todo mar
Na terra quase nada terra
Quase tudo tudo nada
E tudo, tudo é navegar

Eia! Terras d'além mar!
Eia! Povos d'além mar!
Nada nada é tão perto
Nada nada é tão longe
Que do mar não se possa alcançar

E lá no fundo, que cores!
Algas, pedras, peixes, flores
Decorando o fundo do mar
E a suave brisa cantando
Serena canção de ninar

Que ninguém passe pela vida
Sem conhecer este mar

E o céu quando beija o mar
Seja no norte ou seja no sul
Que divino, que divino
É este amor vestido de azul

E o mar quando beija a areia
Serpenteia, serpenteia
Desenhando cobras não’areia
Desenhando cobras não’areia

Rema, rema, pescador
No seu barquinho a flutuar
Mas cuidado com a tempestade
Que ela é um terror
Até pra quem sabe nadar

Quase tudo no mar nada
Quase tudo nada no mar
Quase tudo o mar carrega
No seu eterno navegar

E o mar quando beija a areia
Serpenteia, serpenteia
Desenhando cobras não’areia
Desenhando cobras não’areia