Quando ela abriu a porta e saiu A casa ficou morta e ruiu Desabrigado e com a vida rasa O meu corpo também ficou sem casa Na primeira curva da estrada Voltou-se, sorriu, acenou com a mão Ofertou-me a sua face amargurada Herança de tristeza e de solidão Na sua partida a noite já chegava Cobrindo tudo de luto e de agonia Fiquei esperando e ela não voltava Corpo e alma penando em muda sintonia Não suportando a terrível dor Minh'alma a seguiu bem de mansinho Coisa sem alma, vaso sem flor O meu corpo perdeu-se pelo caminho