Sombras na varanda, vendaval de indecisões, devastando a mente pelo mel das tentações. Sonhador menino, que partiu sem intenção, arrastou com ele os heróis de um sonho atroz. Semeou o trigo com brilhos dos cristais. Detonou o tiro nos calibres da razão. Vulto de minh´alma dorme solto nos porões, desfiando teias à procura de paz... Vou sem rumo certo até que a morte me encontre sem exitação, digerindo os últimos martírios, sem que sobre um foco de dor, desatando as rédeas do destino, pois não existem mais bifurcações, derramando o resto do futuro na ampulheta das recordações. Guarapiranga, chão de fornalha, um pinga-fogo veste o sertão. Boca-mosaico, dedos-cravelhas, faço das tripas meu violão. Ponta-rimada, folha arrancada, a brisa leva a minha canção. Runas, mandalas, água-de-cheiro, óleos, mortalhas: minha feição. Faca de ponta, rastro de cobra, deixo meu corpo: minha prisão. Metamorfose, redemoinho, das cordilheiras grito: ressureição!!!