Pra terminar e sentir o quão escura é a manhã Não saber se vai haver amanhã Não ter vontade de acordar só dormir Me entregar à presença do teu cheiro em mim Toda falta que não sai fácil assim E não saber onde vai dar, sonho assim volta pra mim E ouvir falar: Como você vai? Tiram-me as pernas enchem meus olhos Lacrimeja o corpo queima o meu porto e choro Temo te encontrar É a ausência eterna Que tento ocupar com ódio ou amor É uma dor etérea no ar Ar que se foi, irremediável dor Difícil inverno Que não sei mais se é frio ou calor Sinto um frio interno no corpo Corpo que esquenta com um novo amor Pra começar