Quando eu canto Deixo cair a máscara Dos pudores sem nenhum pudor Quando eu rio é um riso rasgado Dilacerado um escândalo Eu roo o osso do amor Sofro aquela dor da peste Seca do nordeste Briga de canivete Tudo que eu tenho E o que eu não tenho É da minha voz É do meu amor Você é temporal e eu a brasa Me leva no seu vendaval Quero beber da sua água Mas eu sou toda pra você Enquanto durar o encanto Mas depois do padedê Não me venha com espanto