Já não há sofrer Que me faça desistir Li sobre os mistérios do mar Neste casco vou feliz Vejo aves cruzando a rota das naves Migram milhas para os ninhos das saudades Selo a carta e busco um pombo que lhe envie Antes que de vez você se distancie De mim De mim Não faz assim Assim Maré transbordou Feito leite no fogão Sereia não merece o arpão Mas poesia ao coração Bicicleta na paisagem abstrata Pele branca pedalando ao sol descasca Noite cai e logo a lua se revela Posso sentir sua presença da janela Enfim Estou aqui Volta pra mim Pra mim