Eu vi o cego Lendo a corda da viola Cego com cego No duelo do sertão Eu vi o cego Dando nó cego na cobra Vi cego preso na gaiola da visão Pássaro preto Voando pra muito longe E a cabra-cega Enxergando a escuridão Eu vi a luz A luz do preto Dos teus olhos Quando o sertão Num mar de flores Floresceu Sol pára belo Pára belo Sobre a terra Gente só morre Para provar que viveu Eu vi o não E vi a bala matadeira Eu vi um cão Fui nos óio e era eu Eu vi o cego Lendo a corda da viola Cego com cego No duelo do sertão Eu vi o cego Dando nó cego na cobra Vi cego preso na gaiola da visão Pássaro preto Voando pra muito longe E a cabra-cega Enxergando a escuridão Eu vi a lua Na cacunda do cometa Vi a zabumba E o fole a zabumbar Eu vi o raio Quando o céu Todo curisca Vi o triângulo Engolindo faísca Vi a galáxia branca Na galáxia preta Eu vi o dia e a noite Se encontrar Eu vi a luz A luz do preto Dos teus olhos Quando o sertão Num mar de flores Floresceu Sol pára belo Pára belo Sobre a terra Gente só morre Para provar que viveu Eu vi o não Eu vi a bala matadeira Eu vi um cão Fui nos óio e era eu Eh, eh, eh Eu vi um cão Fui nos óio e era eu