Me gusta bailar revolucionar despertar Derramar mi poesía sobre una instrumental Rebelde perenne mis musas son las mujeres Llevo en tinta marcadas todas mis muertes y mis vidas Incorrecta me gusta incomodarte Ese es mi arte con palabras penetrarte Hacer un omelet con tus pobres sesos tiesos versos insurrectos Que pongan a bailar en tu cabeza idiolectos y estructuras anacrónicas No soy una anónima soy pirata anarquista feminista en tus bocinas Óyeme bien que hace tiempo el disfraz de sumisa se fue volando con el viento Ajá ajá soy guerrera Última dosis en da-radio soy políticamente incorrecta Yo soy incorrecta mis palabras insurrectas Versos proscritos escribo con sangre en la piel de mi enemigo Aquí hay lucha soy más ruda que kaibil balam Todas las noches bajo a echarme un puro a xibalbá Esto es poesía obsidiana Dura como la piedra caliente como el magma Traída directamente desde el inframundo Cuchillo que va cortando prejuicios en su rumbo Ajá ajá soy guerrera Última dosis en da-radio soy políticamente incorrecta Tal vez yo no vengo del gueto en la ciudad Pero desde pequeña me clasificaron como marginal Yo preguntaba cuestionaba no aceptaba De familia guerrillera ¿qué otra cosa esperaban? Me nombraron tras el rastro de mi tía Secuestrada por el ejército y desaparecida Ella me enseñó el arte de las letras Con poemas que ahora yo voy recitando en las banquetas Tanquetas contra la inteligencia en los años ochenta Genocidio para exterminar poetas En mis venas fluye sangre rebelde Por eso grito a los cuatro vientos aunque venga la muerte Ajá ajá soy guerrera Última dosis en da-radio soy políticamente incorrecta Yo soy incorrecta mis palabras insurrectas Versos proscritos escribo con sangre en la piel de mi enemigo Aquí hay lucha soy más ruda que kaibil balam Todas las noches bajo a echarme un puro a xibalbá Esto es poesía obsidiana Dura como la piedra caliente como el magma Traída directamente desde el inframundo Cuchillo que va cortando prejuicios en su rumbo Eu gosto de dançar, revolucionar, despertar Derramar minha poesia sobre um instrumental Rebelde perene, minhas musas são mulheres Levo em tinta marcadas todas minhas mortes e minhas vidas Incorreta, eu gosto de incomodar-te Essa é a minha arte, com palavras penetrar-te Fazer uma omelete com seus pobres miolos tesos, versos insurgentes Que se põe a dançar em sua cabeça idioletos e estruturas anacrônicas Não sou uma anônima, sou pirata anarquista feminista a em seus alto-falantes Ouça-me bem, que faz tempo o disfarce de submissa foi voando com o vento Aha aha sou guerreira Última dose da rádio, sou politicamente incorreta Eu sou incorreta, minhas palavras insurgentes Versos proscritos escrevo com sangue sobre a pele do meu inimigo Aqui há luta, sou mais rude do que kaibil balam Todas as noites baixo para atirar-me um charuto a xibalbá Isto é poesia de obsidiana Dura como pedra, quente como o magma Trazido diretamente do inframundo Faca que vai cortando preconceitos em seu curso Aha aha sou guerreira Última dose da rádio, sou politicamente incorreta Talvez eu não venha do gueto na cidade Mas desde pequena me trataram como marginal Eu perguntava, questionava, não aceitava De família guerrilheira, que outra coisa esperavam? Me nomearam depois da trilha da minha tia Sequestrada pelo exército e desaparecida Ela me ensinou a arte de letras Com poemas que agora eu vou recitando nas banquetas Tanques contra a inteligência nos anos oitenta Genocídio para exterminar poetas Nas minhas veias corre sangue rebelde Por isso eu grito aos quatro ventos, contudo, que venha a morte Aha aha sou guerreira Última dose da rádio, sou politicamente incorreta Eu sou incorreta, minhas palavras insurgentes Versos proscritos escrevo com sangue sobre a pele do meu inimigo Aqui há luta, sou mais rude do que kaibil balam Todas as noites baixo para atirar-me um charuto a xibalbá Isto é poesia de obsidiana Dura como pedra, quente como o magma Trazido diretamente do inframundo Faca que vai cortando preconceitos em seu curso