Rebeca Lane

Políticamente Incorrecta

Rebeca Lane


Me gusta bailar revolucionar despertar
Derramar mi poesía sobre una instrumental
Rebelde perenne mis musas son las mujeres
Llevo en tinta marcadas todas mis muertes y mis vidas
Incorrecta me gusta incomodarte
Ese es mi arte con palabras penetrarte
Hacer un omelet con tus pobres sesos tiesos versos insurrectos
Que pongan a bailar en tu cabeza idiolectos y estructuras anacrónicas
No soy una anónima soy pirata anarquista feminista en tus bocinas
Óyeme bien que hace tiempo el disfraz de sumisa se fue volando con el viento

Ajá ajá soy guerrera
Última dosis en da-radio soy políticamente incorrecta

Yo soy incorrecta mis palabras insurrectas
Versos proscritos escribo con sangre en la piel de mi enemigo
Aquí hay lucha soy más ruda que kaibil balam
Todas las noches bajo a echarme un puro a xibalbá
Esto es poesía obsidiana
Dura como la piedra caliente como el magma
Traída directamente desde el inframundo
Cuchillo que va cortando prejuicios en su rumbo

Ajá ajá soy guerrera
Última dosis en da-radio soy políticamente incorrecta

Tal vez yo no vengo del gueto en la ciudad
Pero desde pequeña me clasificaron como marginal
Yo preguntaba cuestionaba no aceptaba
De familia guerrillera ¿qué otra cosa esperaban?
Me nombraron tras el rastro de mi tía
Secuestrada por el ejército y desaparecida
Ella me enseñó el arte de las letras
Con poemas que ahora yo voy recitando en las banquetas
Tanquetas contra la inteligencia en los años ochenta
Genocidio para exterminar poetas
En mis venas fluye sangre rebelde
Por eso grito a los cuatro vientos aunque venga la muerte

Ajá ajá soy guerrera
Última dosis en da-radio soy políticamente incorrecta

Yo soy incorrecta mis palabras insurrectas
Versos proscritos escribo con sangre en la piel de mi enemigo
Aquí hay lucha soy más ruda que kaibil balam
Todas las noches bajo a echarme un puro a xibalbá
Esto es poesía obsidiana
Dura como la piedra caliente como el magma
Traída directamente desde el inframundo
Cuchillo que va cortando prejuicios en su rumbo

Eu gosto de dançar, revolucionar, despertar
Derramar minha poesia sobre um instrumental
Rebelde perene, minhas musas são mulheres
Levo em tinta marcadas todas minhas mortes e minhas vidas
Incorreta, eu gosto de incomodar-te
Essa é a minha arte, com palavras penetrar-te
Fazer uma omelete com seus pobres miolos tesos, versos insurgentes
Que se põe a dançar em sua cabeça idioletos e estruturas anacrônicas
Não sou uma anônima, sou pirata anarquista feminista a em seus alto-falantes
Ouça-me bem, que faz tempo o disfarce de submissa foi voando com o vento

Aha aha sou guerreira
Última dose da rádio, sou politicamente incorreta

Eu sou incorreta, minhas palavras insurgentes
Versos proscritos escrevo com sangue sobre a pele do meu inimigo
Aqui há luta, sou mais rude do que kaibil balam
Todas as noites baixo para atirar-me um charuto a xibalbá
Isto é poesia de obsidiana
Dura como pedra, quente como o magma
Trazido diretamente do inframundo
Faca que vai cortando preconceitos em seu curso

Aha aha sou guerreira
Última dose da rádio, sou politicamente incorreta

Talvez eu não venha do gueto na cidade
Mas desde pequena me trataram como marginal
Eu perguntava, questionava, não aceitava
De família guerrilheira, que outra coisa esperavam?
Me nomearam depois da trilha da minha tia
Sequestrada pelo exército e desaparecida
Ela me ensinou a arte de letras
Com poemas que agora eu vou recitando nas banquetas
Tanques contra a inteligência nos anos oitenta
Genocídio para exterminar poetas
Nas minhas veias corre sangue rebelde
Por isso eu grito aos quatro ventos, contudo, que venha a morte

Aha aha sou guerreira
Última dose da rádio, sou politicamente incorreta

Eu sou incorreta, minhas palavras insurgentes
Versos proscritos escrevo com sangue sobre a pele do meu inimigo
Aqui há luta, sou mais rude do que kaibil balam
Todas as noites baixo para atirar-me um charuto a xibalbá
Isto é poesia de obsidiana
Dura como pedra, quente como o magma
Trazido diretamente do inframundo
Faca que vai cortando preconceitos em seu curso