Meu galo é brigadô, olerê Peru é mexiriqueiro, olerê O pato faz arrelia, olerê Dentro do galinheiro À meia-noite lá no meio do terreiro Onde fica o galinheiro Houve um barulho inferná Meu galo preto lá formou uma brigaiada Que a pobre da galinhada Não parou mais de gritá Meu galo é brigadô, olerê Peru é mexiriqueiro, olerê O pato faz arrelia, olerê Dentro do galinheiro Me levantei, pensando que era gambá Que tava lá no quintá Me comendo as criação Quando eu cheguei eu vi aquele sururu Era o galo com peru Que tava lá em discussão Meu galo é brigadô, olerê Peru é mexiriqueiro, olerê O pato faz arrelia, olerê Dentro do galinheiro Galo sabido quando chega no terreiro Bate as asa, limpa o bico Só pros outro respeitá Eu tenho um galo mais mió do mundo inteiro Filho de peru mineiro Com marreca do Pará Meu galo é brigadô, olerê Peru é mexiriqueiro, olerê O pato faz arrelia, olerê Dentro do galinheiro Um frango novo que tava lá no poleiro Logo pulou no terreiro Pra fazê mais alvoroço Deu no marreco que diz era o mais valente Que cumia inté serpente Das banda do Mato Grosso Meu galo é brigadô, olerê Peru é mexiriqueiro, olerê O pato faz arrelia, olerê Dentro do galinheiro Um pato véio se meteu a almofadinha Pra namorá uma galinha Que tinha ficado só Meu galo preto com parte de delegado Já mandou dois pinto armado E pôs os dois no xilindró Meu galo é brigadô, olerê Peru é mexiriqueiro, olerê O pato faz arrelia, olerê Dentro do galinheiro Um carijó que tinha parte de valente Numa hora de repente Foi brigá cum garnizé E o peru que tomou uma bebedeira Que teve a sumana inteira Brigando com sua muié Meu galo é brigadô, olerê Peru é mexiriqueiro, olerê O pato faz arrelia, olerê Dentro do galinheiro